OFICINA DE COZINHA VEGETARIANA NO SESC THERMAS
O Sesc Thermas de
Presidente Prudente (SP) promoveu uma oficina de culinária
veg, recentemente, ministrada pelas irmãs Fernanda Neves e Karina Neves. A
primeira é chef de cozinha, graduada em gastronomia, e a segunda é
nutricionista. Ambas cursam pós-graduação em gastronomia funcional.
Chegando lá, imaginei que
fosse encontrar outros vegetarianos, mas, para a minha surpresa, entre 20 participantes, somente eu era veg. Isso me deixou contente. Não por me
sentir exclusivo, mas por saber que pessoas que consomem carne cotidianamente
estão em busca de se inteirar sobre o vegetarianismo. Se fossemos todos
vegetarianos, seríamos apenas interessados em aprender novos pratos. E, não. Haviam
pessoas interessadas em mudar os hábitos alimentares, hábitos estes, que beneficiam a causa
animal, a saúde humana e as questões ambientais.
A faixa etária da galera
também era variada, de jovens a senhores. Perguntei para boa parte deles, o que os
levou a fazer a inscrição. A maioria busca alternativas para reduzir o consumo
de carne. Outros estavam curiosos para conhecerem a cozinha verde, e os demais
gostam de cozinhar e estavam em busca de novidades.
Indiferente da intenção,
todos saíram com algo a mais de lá, e com a certeza que existem bons pratos sem
carne.
A dupla de irmãs separou
a galera por grupos e nos ensinou quatro receitas. Antes disso, elas explicaram
o que é ovolactovegetarianismo, lactovegetarianismo e o veganismo. Cada grupo
ficou a cargo de um dos pratos ensinados: tartar de legumes, moqueca de
palmito, hambúrguer de cogumelos, e canneloni de abobrinha com ricota e
damasco. Também tivemos o auxílio de dois estudantes de gastronomia da Unoeste
(Universidade do Oeste Paulista), que nos instruiu nos cortes e cozimentos.
As fotos deixam a
desejar, porque a câmera fotográfica que eu levei, falhou, e o celular que eu estava na ocasião (hoje estou com um melhor. aleluia!), tinha a câmera péssima. Pelo menos, garanti
as imagens. Abaixo, tartar de legumes com mini hamburgueres de
cogumelos.
O tartar é um clássico
francês, a base de carne bovina crua. Nesta adaptação veg, teve um mix de
abobrinha italiana, berinjela e cenoura, temperados com mostarda, mel, suco de
laranja e azeite. Os legumes são escaldados por poucos minutos, temperados e
moldados em um aro, no prato.
O hambúrguer foi feito
com dois tipos de cogumelos: Funghi Sechi e Paris.
E o canneloni, ao invés
da massa a base de trigo, tem o recheio enrolado em tiras de abobrinha
branqueadas. Além disso, a combinação da ricota com o damasco fica ótima, dá um
toque adocicado, na medida, sem prejudicar o salgado do prato.
A boa e velha moqueca tem
o preparo normal. A diferença que, no lugar das postas de peixe, vão rodelas
generosas de palmito.
“Podemos criar ou fazer
belas releituras dos clássicos sem ingredientes de origem animal, e deixar tudo
gostoso. Nosso intuito é mostrar essas possibilidades, para que as pessoas possam
levar a ideia para a casa e diversificar suas refeições”, comentaram as irmãs
Neves.
O curso ocorreu em um sábado
de manhã, e foi encerrado no início da tarde, por volta da hora do almoço.
Claro, provamos todos os preparos e nossa refeição, no final, foram os quatro
pratos vegetarianos. Não houve registros de queixas. Os participantes, unanimes,
aprovaram.
Agradeço pela iniciativa, a atenção e o carisma da Fernanda (esquerda), da Karla (direita), e espero que tanto o Sesc, como as irmãs Neves, venham a promover novas oficinas como esta.